segunda-feira, 30 de junho de 2008

E agora, quem é que anda amarelando?

Desacreditada, a Espanha chegou a Eurocopa, com o técnico Luiz Aragonés balançando no seu cargo. Mas com um grande futebol, acabou vencendo todos os obstáculos e reconquistou a Europa depois de 44 anos.

A Fúria apresentou um bom futebol durante toda a competição e foi crescendo cada vez mais. Mesmo com a opção de deixar Fábregas no banco, a Espanha mostrou-se bem ofensiva, com Villa em grande forma, Fernando Torres longe do melhor desempenho, porém decisivo na hora certa e um meio-campo muito rápido e criativo com David Silva sendo de uma importância fora de sério na armação das jogadas pela esquerda. Marcos Senna desempenhou o papel de marcador com alguma habilidade, Xavi e Iniesta, fizeram uma parceria, que com muita firmeza, faziam a transição entre defesa e ataque. Com essa firmeza e regularidade, Xavi Hernández, foi eleito o melhor jogador da Eurocopa.

Não podemos esquecer do setor defensivo, comandado pelo veterano Puyol, que não deixou a desejar, trazendo confiança para o resto da equipe. E é claro, o capitão Casillas, que foi sensacional nos momentos em que o time mais precisou dele, com muita segurança, foi um dos destaques da competição.

A Espanha, sempre contou com grandes times, com bons valores individuais, mas trazia consigo, um medo de vencer seus próprios estigmas e estereótipos, que com o tempo acabou atribuindo a seleção espanhola o rótulo de “pipoqueira” e de “amarelar”.

Nenhuma equipe apresentou algum jogador fora do normal, entretanto, a Espanha, com seu time jovem e de grandes promessas, apresentou um futebol bonito de se ver, um conjunto muito bem montado, cada um desempenhando a sua função tática da melhor maneira possível, e com isso, foi premiada com o título europeu. Assim, a seleção da Espanha mandou para bem longe seus rótulos e é vista agora como uma seleção de futuro, que conta com uma ótima geração.


Marcos Garcia

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Furiosos - Espanha volta a dar show e está na final

A Espanha normalmente é tratada como uma das seleções favoritas em qualquer título que esteja disputando. Entretanto, por ser tratada como favorita e acabar decepcionando, acabou sendo menosprezada pela opinião popular e da mídia. Principalmente após a Copa do Mundo de 2006, quando a "a Fúria" apresentou o melhor futebol da primeira fase e acabou eliminada pela França logo nas oitavas-de-final.

Disposta a mudar a fama de amarelar, a Espanha novamente foi uma das melhores equipes da primeira fase da Euro. Nas quartas-de-final, derrotou a poderosa e tradicional Itália. Hoje, na semi, enfrentou a Rússia e voltou a apresentar um futebol vistoso, se classificando com uma vitória por 3 a 0 e garantindo vaga na decisão contra a Alemanha, que ontem passou pela Turquia.

O primeiro tempo foi fraco, mas ainda assim o domínio era espanhol. A Rússia pouco assustava o gol do excelente Casillas. Já a Espanha chegava mais, mas não com tanto perigo.

Ainda no primeiro tempo os espanhóis sofreram uma baixa que acabou assustando toda a torcida. David Villa, a estrela do time e artilheiro da Espanha na competição, acabou se contundindo e foi obrigado a ser substituído. Em seu lugar, entrou Cesc Fábregas, meia do Arsenal, que viria a ser um dos destaques do confronto.

O segundo tempo começou e logo no início a Fúria mostrou seu poder. Em uma jogada toda tramada por jogadores do Barcelona, a equipe chegou ao gol logo aos cinco minutos da etapa final. Iniesta fez boa jogada pela esquerda, passou pela defesa e chutou cruzado - todo torto, é verdade. No caminho, Xavi apareceu para desviar e jogar para as redes.

Aos 23 minutos do segundo tempo foi a vez de Fernando Torres ser substituído, mas por opção do treinador Luis Aragonés. Ele deu lugar a Daniel Güiza, artilheiro do último Campeonato Espanhol. Cinco minutos depois, David Silva encontrou Fábregas, que com um toque de primeira, por cima da defesa, deixou Güiza na cara do goleiro. O artilheiro não desperdiçou e marcou o segundo gol espanhol, praticamente aniquiliando as chances russas.

Ainda houve tempo para mais um. Aos 37, Fábregas voltou a aparecer e deixou David Silva de frente para o gol. O meia do Valencia apenas deslocou o goleiro, fazendo o terceiro e dando números finais ao placar.

A Espanha, que venceu todos os jogos na primeira fase apresentando um excelente futebol, derrotou a tradicional Itália nas quartas e voltou a golear a Rússia na semi (na primeira fase venceram os russos por 4 a 1), chega à final para enfrentar a também tradicional Alemanha.

Agora sem amarelar, como os críticos adoram dizer (e eu não concordo). Dessa vez a Espanha está, realmente, furiosa.

Vinícius Giannini

Veja os gols da partida:

As imagens desta matéria foram encontradas do google imagens ou de sites esportivos (www.gazetaesportiva.net; www.globoesporte.com; www.lance.com). O vídeo foi encontrado e está disponível no Youtube.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Fluminense faz péssimo primeiro tempo, sofre com altitude, é goleado e vai com tudo para o jogo da vida no Maracanã

LDU x Fluminense

Certamente, um dos jogos mais importantes da história do Fluminense. O Fluzão encarou a Liga Desportiva Universitária (LDU), no Estádio Casa Blanca, em Quito, no Equador, na partida de ida da final da Copa Libertadores da América.

O Fluminense fez a melhor campanha da fase de grupos e com isso adquiriu a vantagem de sempre decidir em casa as partidas, aonde sempre consegue bons resultados. Nesta Libertadores, superou dois times de muita tradição no torneio sul-americano, São Paulo e Boca Juniors, conseguindo reverter resultados contrários, empregando muito bem o fator casa para tais façanhas.

Do outro lado, a equipe da LDU, que é a base da seleção equatoriana, e sabe tirar vantagem da altitude de 2.800 metros da cidade de Quito. Podemos ressaltar ainda, que os times brasileiros que enfrentaram o time equatoriano, em Quito, nos últimos anos tiveram grandes dificuldades. Entretanto, ao contrário do time brasileiro, a LDU não tem obtido seus melhores resultados em casa, com empates nos últimos dois jogos da competição.

Logo no início da partida, a LDU partiu para cima, e com menos de 2’ o atacante Bieler antecipou a Thiago Silva de carrinho, e abriu o marcador em um cruzamento vindo da direita.

Thiago Neves sofre falta, aos 10’, Darío Conco cobra, e coloca a bola no ângulo, empatando a partida para o Fluminense.

Aos 28’, uma cobrança de falta para a LDU, a bola bateu na barreira, sobrou para Bieler que soltou a bomba e Fernando Henrique fez grande defesa, mas deu rebote e Guerrón, o craque do time, emendou de primeira, desempatando a partida. 2 x 1 LDU.

Cobrança de escanteio pela direita, aos 33’, Bolanõs alça a bola , Campos sobe na entrada da pequena área, sobe e devia a bola para trás de cabeça e aumenta o placar para a LDU, 3 x 1.

Em nova cobrança de escanteio, só que agora pela esquerda, Manso coloca a bola no primeiro pau, o atacante Washington do tricolor carioca tenta afastar, mas acaba desviando a bola para trás, e sozinho Patrício Urrutia, de cabeça alarga o marcador, aos 45’,. 4 x 1 LDU. O primeiro tempo acaba de forma incrível, a LDU conquistou uma grande vantagem, a altitude de Quito, parece estar afetando os jogadores do Fluminense.

Na segunda etapa, aos 6’, Gabriel faz um cruzamento pela direita, e Thiago Neves toca de cabeça, e faz o segundo gol tricolor, diminuindo a diferença, e incendiando a partida. Todavia, a reação acabou por aí, ambos, tiveram algumas chances sem alcançar o êxito e o cansaço da altitude apareceu. Final de jogo LDU 4 x 2 Fluminense.

O Fluminense precisa vencer em casa por uma vantagem de 3 gols para ficar com o título, e de 2 gols para levar o jogo para a prorrogação.A partida de volta será realizada no estádio do Maracanã, na próxima quarta feira, dia 2 de julho, repleto de tricolores, que esgotaram os ingressos para a decisão em poucas horas, eufóricos para a conquista da inédita Copa Libertadores da América.

Marcos Garcia



Fotos Agência Photocâmera e Agência EFE

Em um jogo com muita emoção, mais uma vez quem prevalece é a tradição

Alemanha x Turquia


Uma tarde incomum na Basiléia, Suíça. O estádio St. Jacob-Park está decorado de vermelho e branco. Mas não é por que a seleção suíça irá jogar, mas sim, alemães e turcos, que deixam de lado suas diferenças na história, para decidir em 90 minutos quem é melhor no planeta bola. A seleção vitoriosa terá o direito de disputar a decisão da Eurocopa 2008 contra o vencedor do jogo de amanha Rússia x Espanha.
A seleção Turca chega nesta semifinal de forma surpreendente. Na fase de grupos classificou-se de forma heróica ao vencer jogos de virada, contra a anfitriã Suíça e a forte Republica Checa. Já nas quartas de final venceu a, então favorita, Croácia nos pênaltis, após conseguir um empate nos acréscimos da prorrogação. Porém, terá a poderosa Alemanha a sua frente. Com um time que da retribui em dobro na raça a falta de técnica, e com uma camisa que tem um peso enorme quando chega a decisões, a seleção alemã tem amplo favoritismo contra a equipe turca, que para piorar tem somente tres jogadores no banco a disposição do técnico Fatih Terim. Todavia, a Turquia é forte, e como tem feito durante esta Eurocopa tenta novamente surpreender, o problema é que agora é surpreender um grande.
A Alemanha, desde 1951, disputou 17 jogos contra a seleção turca, e venceu 11. O que trás ainda mais força para está desprestigiada, porém grandiosa, equipe voltar a vencer. Pois, além do imenso favoritismo nos confrontos durante a história, estão a duas vitórias de levar mais um título para o país, o que não acontece desde 1996.
A formação de uma linha de quatro e outra de cinco jogadores, com apenas Senturik isolado no ataque, traria a impressão de que a Turquia iria jogar prevalecendo dos contra-ataques, e teria de segurar o poder alemão a qualquer custo. Mas não é assim que começa o jogo, a Turquia inicia o confronto abusada, partindo pra cima da Alemanha e se defendendo muito bem nos contra-ataques. E aos 7 minutos em falha grotesca de Lahm, quase Senturik abre o placar para os turcos. A surpreendente Turquia não estava se revelando somente ao adversário, mas a todos que estavam assistindo ao espetáculo.
O ritmo de jogo era ditado pela seleção turca, que estava sabendo usar muito bem seus alas, principalmente o que atua pelo lado esquerdo Ugur Boral. E as 12 Kazim Kazim, acerta um belo chute na trave, e a seleção alemã passava a se desesperar em campo, e não conseguia construir nenhuma jogada. Após o inicio afoito, a seleção galega consegue se acertar e ter um pouco mais de posse de bola, conseguiram marcar a saída de bola turca, e se acertaram em campo. Porém aos 21, quando a Alemanha parecia ter se achado em campo, Kazim arrisca um chute meio torto e acerta o travessão, e no rebote e ala Boral consegue colocar por baixo das pernas de Lehmam, a Turquia fazia 1 x 0 na Alemanha.
A Alemanha não deixou se abater pelo gol, pelo contrário, parece ter despertado. E logo aos 26 minutos, quando a comunidade de cerca de 2,5 milhões de turcos, que vivem na Alemanha, comemoravam, Podolski recebe a bola pela esquerda e cruza para o meio da área, quando Schweinsteiger aparece para colocar a bola na rede. Era o empate alemão e a tristeza do povo turco q teve cerca de míseros 5 minutos para comemorar.
E com o empate em 1 a 1 que o jogo se estendeu até o fim do primeiro tempo. Etapa esta, que teve um domínio muito maior dos turcos, mas como é característico do futebol alemão, apesar de estar sufocado pelo adversário, conseguem achar um espaço e criar grandes oportunidades de jogadas, o jogo passa a ficar mais equilibrado.
Os times voltam do intervalo mais cautelosos, e o jogo se mantém equilibrado, sem nenhuma jogada de muito efeito e nenhum grande perigo de gol. A não ser aos 9 quando um chute muito forte passa raspando a meta de Rustu. A Alemanha parece disposta a conseguir a vaga. Porém a Turquia logo começa a ditar o jogo novamente, a Alemanha atua melhor do que na primeira etapa, porém está sem criatividade para varar o grande bloqueio turco. E equilibradíssimo o jogo se mantém até os 37 do segundo tempo, quando em um cruzamento na área, o goleiro Rustu saiu mau e Klose, sempre oportunista, colocou a bola nas redes. A menos de 10 minutos do fim 2 a 1 Alemanha.
Mas o adversário alemão não era qualquer um, e sim, a surpreendente Turquia, que em menos de 2 minutos, em um cruzamento da direita e um sutil desvio de Senturk, empata o jogo para tristeza alemã. Quando tudo parecia se encaminhar para a prorrogação, Lahm, excelente ala alemão, faz uma tabela pela esquerda e bate com muita categoria no ângulo de Rustu. Um belo gol, talvez não merecido pelo que a poderosa Alemanha apresentou nessa semifinal, mas extremamente merecido pela força, garra e raça que a Alemanha sempre mostrou em seus momentos decisivos.
Fim de jogo na Basiléia, e festa alemã, 3 x 2 em um jogo muito emocionante. Esta noite Berlim dormirá tranqüila, pois, depois de 12 anos, um titulo está muito próximo, pois quaisquer que seja o adversário na final ( Rússia ou Espanha ), nenhum dos dois possui metade da tradição alemã. Mas o que conta, é bola rolando, então comemoração alemã agora é valida. Mas não pode abusar. Pois a final será somente no fim de semana, e com esse futebol, a Alemanha tem de tomar cuidado para não se afogar no chopp.

Guilherme Matta

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terça-feira, 24 de junho de 2008

É hora de relembrar, São Paulo x Corinthians, decisão Campeonato Paulista de 1998

A coluna, Memória Esportiva, trata daquelas lembranças especiais que somente o esporte pode nos proporcionar. Vamos relembrar, nesta primeira recordação, a maravilhosa decisão do Campeonato Paulista de 1998.

Era domingo, 10 de maio de 1998, um dia das mães mais que fantástico, o jogo final do Paulistão 98, entre dois clubes gigantes, São Paulo e Corinthians. O Morumbi estava completamente lotado, as torcidas faziam um espetáculo à parte, gritando, torcendo, mandando vibrações positivas para suas equipes.

O Corinthians veio a campo no clima de “já ganhou”, pelo bom resultado obtido na primeira partida final, no mesmo Morumbi, uma semana antes, por 2 x 1, com gols de Marcelinho Carioca e do zagueiro Cris, para o timão, e de Fabiano, para o tricolor. Já o São Paulo, não ganhava um título de expressão desde 1993, e amargurava dois vice-campeonatos Paulista seguidos, um conquistado no quadrangular decisivo de 1996, onde o Palmeiras se sagrou campeão, e outro na traumática final de 1997, com o próprio Corinthias, no empate de 1 x 1, com o gol do título, do time de parque São Jorge, sendo marcado pelo ex-saopaulino André Luis.

Quando o placar eletrônico do estádio anunciava as escalações da equipes que entrariam no jogo, um nome fez a torcida são-paulina delirar, e trouxe maus pressentimentos aos corintianos. Com a camisa número 23, o craque e eterno ídolo Raí, estava de volta, reestreando no tricolor, depois de 5 anos. Vale ressaltar, que a entrada de Raí no time titular do São Paulo, foi um risco assumido pelo técnico Nelsinho Baptista, na tentativa de deixar o time mais ofensivo.

Logo no início da partida, o tricolor perdeu o zagueiro Márcio Santos, aos 9’, contundido, e em seu lugar entrou Bordon. Contusão, que deu força para a equipe do São Paulo partir para cima, com muita raça, arrepiando a torcida com o belo desempenho dentro de campo. Todo o esforço tricolor foi recompensado, aos 30’, o lateral direito Zé Carlos cruzou a bola na área, França desviou de cabeça para trás, e Raí, também de cabeça, colocou a bola no fundo do gol, sem chances para o goleiro Nei. 1 x 0 São Paulo.

No segundo tempo, o técnico corintiano, Wanderley Luxemburgo, mandou seu time para frente, tirou o lateral direito Rodrigo, e colocou o atacante Didi. A alteração surge efeito, aos 5’, o colombiano Rincón faz belo passe para Didi, que corta para a área e chuta no ângulo, tirando de Rogério Ceni, um gol maravilhoso no Morumbi, empatando a partida.

Em uma jogada rápida, Raí troca passes com França, e coloca o artilheiro na cara do gol, que com muita tranqüilidade marca o segundo tricolor, aos 10’. Resultado, que já daria o título ao São Paulo, por possuir a melhor campanha do primeiro turno, com 8 vitórias, um empate e uma derrota. Aos 33’, Raí foi ovacionado pela torcida tricolor, ao ser substituído por Aristzábal, aos gritos de "Raí, rei do Morumbi".

O golpe de misericórdia foi dado aos 37’. Denílson faz ótima jogada pela esquerda, dribla os zagueiros, até chegar na linha de fundo e tocar para trás para França, que domina a bola, vira e marca o terceiro gol do são-paulino, tornando-se o artilheiro da competição com 12 gols, sacramentando a partida, SÃO PAULO CAMPEÃO PAULISTA DE 1998.

Escalações da final:

São Paulo: Rogério Ceni, Zé Carlos, Capitão, Márcio Santos (Bordon) e Serginho; Alexandre, Fabiano, Raí (Aristizábal) e Carlos Miguel (Gallo); França e Denílson Técnico: Nelsinho Batista.
Corinthians:Nei; Rodrigo (Didi), Cris, Gamarra e Silvinho; Romeu (Edílson), Vampeta, Rincón e Souza (Marcelinho Paulista); Marcelinho Carioca e Mirandinha Técnico: Wanderley Luxemburgo.

Jogos do Tricolor no Paulistão 98:

Santos 2 x 3 São Paulo - 07/03/98
São Paulo 5 x 0 Rio Branco - 10/3/98
Matonense 2 x 0 São Paulo - 15/03/98
São Paulo 0 x 0 Portuguesa - 17/03/98
São Jose 1 x 5 São Paulo - 21/3/98
São Paulo 2 x 1 Santos - 28/3/98
Rio Branco 1 x 4 São Paulo - 02/04/98
São Paulo 3 x 1 Matonense - 05/04/98
Portuguesa 1 x 3 São Paulo - 07/04/98
São Paulo 6 x 1 São José - 12/04/98
Palmeiras 1 x 2 São Paulo - 19/04/98
São Paulo 3 x 1 Palmeiras - 25/04/98
Corinthians 2 x 1 São Paulo - 03/05/98
São Paulo 3 x 1 Corinthians - 10/5/98

Marcos Garcia


Veja a matéria do Globo Esporte sobre a final do Paulistão 98:

Marcos Garcia

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segunda-feira, 23 de junho de 2008

O Brasil que ensinou o mundo a jogar futebol, agora precisa ter umas aulinhas com seus ex-alunos

Caros penta campeões do mundo, torcedores da seleção canarinha.
Nunca imaginariamos ver uma Seleção Brasileira com características de Europa e seleções européias jogando como o futebol brasileiro.
Quando se fala de Seleção Brasileira, logo imaginamos laterais avançando o tempo todo; volantes desarmando e saindo pro jogo com qualidade; meias habilidosos dando show e atacantes matadores rematando com qualidade para a baliza. Não é bem isso que vemos no time de Dunga:
Defesa batendo cabeça (contra o paraguai uma cobrança de escanteio pífia, rasteira do ataque paraguaio, nenhum pé para cortar a bola e nenhuma alma para marcar o Santa Cruz no primeiro gol dos guaranis); laterais que não sabem cruzar (Maicon e o museu Gilberto); volantes que não tem qualidade no passe e são reservas em seus clubes (Josué, Gilberto Silva e Mineiro); meias que muitas vezes são volantes e não meias(Ânderson é volante no manchester, Júlio Baptista foi o melhor contra os hermanos, mas não possui características de um camisa 10 brasileiro legítimo); centro-avantes que não podem ser crucificados, pois a bola não chega; (Adriano, Luís Fabiano...) e o Robinho que precisa chamar a responsabilidade, assim como fez na Copa América, não está nem entrando em campo. Eu não vi!
Assistindo a Eurocopa é visivel perceber que o futebol está mudando radicalmente. Exemplos: a Rússia jogando com apenas um volante centralizado 'a frente da defesa (Semak) e dois falsos volantes que apoiam muito bem (Zirianov e Semchov). A Holanda com apenas De Jong de cão de guarda e Engelar que além de marcar possui um ótimo passe e lançamento longo, Van der Vaart e Sneijder (dando show) armam o time. A Itália se acertou quando tirou o único volante legítimo(Gattuso) e jogou com um trio de meio-campistas fazendo esse papel, em que todos os três além de ótimos ladrões de bola, sabem chutar, lançar e passar muito bem (Pirlo, De Rossi e Perrotta). A França com dois volantes; um marcador (Makelele) e outro saindo mais (Toulalan); e dois meias bem abertos como se fossem antigos ponteiros (Ribery e, ora Govou, ora Malouda). República Tcehca com 5 meio campistas, mas quatro deles atacavam; Galasek ficava protegendo a zaga, saiam pela esquerda Polak e Matejovski, e pela direita Plasil e Sionko. Portugal com apenas um volante de origem (Petit), dois meias ajudando a marcar (João Moutinho e Deco) e dois pontas muito rápidos e habilidosos (Simão Sabrosa e Cristiano Ronaldo). A Espanha com Marcos Senna e Xavi que são volantes, mas sabem sair jogando, chutam de longe, ajudam a armar o time, possuem passes qualificados etc.
Parece pegadinha, mas não é, o futebol europeu está jogando para atacar, buscando o gol a todo momento com esquemas de no máximo dois volantes e meio-campistas bem abertos como se fossem pontas. Já nosso futebol penta campeão, está burocrático e defensivo com trio de volantes e meias defensivos.
Espero que o Dunga esteja assistindo a Eurocopa e percebendo que: para jogar com três volantes, no mínimo dois deles precisam saber atacar; que faz parte da função de um lateral, avançar e cruzar; que dá sim para jogar com pontas...
O que está acontecendo com nosso futebol? Por que 3 volantes? Por que não se fazem mais pontas como antigamente? Eu respondo!
Os problemas estão nas categorias de base dos cluber brasileiros. Enquanto na Europa o sub-13 do Barcelona treina com o esquema 4-3-3 (com apenas um volante, meia-direita, meia-esquerda, ponta-direita, ponta-esquerda e um centro-avante), o sub-13 do Palmeiras joga com um esquema 3-5-2. É brincadeira! Com isso a molecada já se desenvolve no futebol com a mentalidade de se defender, acabam-se os pontas rápidos, os meias habilidosos e os laterais que vem e vão o tempo todo.
Parece que os Europeus aprenderam o nosso segredo, estão ensinando seus jogadores desde pequenos a jogarem como penta-campeões, enquanto isso... nossas futuras promessas se tornarão ótimos carregadores de piano, "Dunga's", "Gattuso's", "Marcinho's Guerreiro" e por aí vai.
(.)
PROJETO GÊNIO DA BOLA
Pensando no futuro do nosso futebol, e preocupado com os esquemas defensivos das bases brasileiras, o técnico do Palmeiras Vanderlei Luxemburgo lançou no dia 18 de junho o projeto "Gênio da Bola", ao lado dos dos ex-atletas Pepe, Mengálvio, Coutinho, Dorval e Félix.
As inscrições vão acontecer pela internet, e através de um processo seletivo, 240 garotos, entre 10 e 19 anos, serão escolhidos para participarem da avaliação de campo, que será coordenado e supervisionado pelos ex-craques do passado. O vencedor receberá uma bolsa de R$ 2.500 e terá a oportunidade de atuar por um grande clube do futebol brasileiro.

Luxa disse que a oportunidade de aprender ao lado de craques do passado é mais do que importante. É uma questão de necessidade. E tem certeza que esse projeto vai dar certo pelas pessoas que estão envolvidas e pela seriedade como as coisas serão conduzidas. Ele criticou a maneira como os garotos vem sendo formados nas categorias de base, disse que o futebol brasileiro perdeu a essência, pois os times do infantil, do juvenil, atuam com três zagueiros e três volantes e que a ausência do futebol alegre e ofensivo acontece desde cedo, ao contrário da Europa, em que os clubes atuam com três atacantes e somente um volante.
Para o treinador palmeirense, os jogadores do passado que foram verdadeiros "gênios da bola" precisam ter participação mais ativa no processo de formação dos garotos, pois hoje em dia existem professores de educação física dando aulas para os jovens e estão ensinando o futebol de maneira errada. A preocupação da formação de jovens valores precisa ser feita por profissionais da bola, assim como os ex-jogadores.
(.)
Caio Matta Dias
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domingo, 22 de junho de 2008

Sétima rodada deixa o campeonato mais transparente.

A sétima rodada do campeonato brasileiro termina sem grandes surpresas. Os times que estavam na dianteira da competição começaram a se destacar, formando um bloco de elite, o que torna, pela primeira vez, o campeonato mais transparente. No inicio, o campeonato estava um tanto instável, devido principalmente a alguns times estarem poupando jogadores para a Libertadores, como o que está acontecendo, com o Fluminense, atualmente.

Um dos principais candidatos a levantar o caneco, em 2008, é o Flamengo. O rubro-negro carioca parece estar decidido a sair da fila, embalado pela espetacular campanha no ano passado, na qual reagiu de forma surpreendente no returno da competição. O Mengão venceu o frágil Ipatinga, por 3 a 1, fora de casa, e manteve a ponta do campeonato. Em um gramado péssimo, o Flamengo usou seus dois eficientes alas, Juan e Leonardo Moura, para encontraro caminho do gol.
Grêmio e Cruzeiro, dividem a liderança com a equipe carioca, ficando atrás pelos quesitos, gols marcados e saldo de gols, e tiveram jogos semelhantes. Ambos, jogaram em casa contra times intermediários, Atlético Paranaense e Figueirense, respectivamente, e não tiveram dificuldades para vencer, pelo mesmo placar, 3 a 0. Tanto o Atlético Paranaense, quanto o Figueirense, estão com 8 pontos na competição, sendo que o Furacão está na décima primeira posição por possuir um melhor saldo de gols.

Grande surpresa do campeonato é a equipe do Náutico, que venceu o Atlético Mineiro, por 2 a 1. Em um jogo muito movimentado e de grande equilíbrio, o náutico se destacou em seus contra-ataques o que garantiu a vitória, e, o mantém na quarta posição, com 14 pontos, na zona de classificação da Libertadores. Já o galo mineiro ocupa a décima posição com apenas 9 pontos.

O Palmeiras mostrou que a goleada sobre o Cruzeiro na sexta rodada acordou o time. O Verdão que não se encontrava e nem apresentava um bom futebol desde o título Paulista, e, voltou a vencer fora de casa. A vítima foi o Vasco, que com um time desfalcado de seus principais jogadores, não conseguiu parar o ataque alvi-verde. E com gols de Alex Mineiro e Kléber, o Verdão fez 2 a 0 e se manteve na quinta posição com 13 pontos ganhos.
Já o São Paulo, jogou em casa, e teve pela frente o campeão da Copa do Brasil, o que não é uma tarefa fácil. Hugo, fez o gol da vitória por 1 a 0, aos 45 minutos do segundo tempo. O São Paulo é o sexto colocado com 12 pontos e o Sport caiu uma posição e está em décimo terceiro com 8 pontos. Esta vitória é a terceira seguida do tricolor do Morumbi e o coloca como forte candidato ao tri-campeonato.

A Portuguesa não se intimidou com o Engenhão lotado, e na bobeira de Túlio, Edno guardou de cabeça, e garantiu a vitória, por 1 a 0, sobre o Botafogo. O Fogão amarga a décima sexta posição com apenas 7 pontos ganhos. E a Lusa chega aos 11 pontos e ocupa a oitava colocação. Com 11 pontos também está o Vitória, que assume a sétima posição, por ter 2 gols de saldo a mais do que a Portuguesa. O rubro-negro baiano aproveitou o fator casa, para despachar o Internacional, que está na décima quinta posição com apenas 7 pontos.

O campeão da série B de 2007, Coritiba, fez mais uma vítima no Couto Pereira, o Fluminense. O tricolor carioca jogou com o time reserva, pois resolveu poupar os titulares para a final da Libertadores. O coxa, teve o domínio total do jogo, porém, só conseguiu a vitória devido a um pênalti duvidoso, aos 40 do segundo tempo, no qual Marlos concluiu e assegurou a vitória de 2 a 1 sobre o tricolor carioca.

Mas, se for falar em vexame, tem de se lembrar do Santos Futebol Clube. A equipe da baixada santista foi goleada, em casa, pelo o ex-penúltimo colocado Goiás, que não tomou conhecimento do adversário, e enfiou 4 a 0. As equipes se mantêm na zona de rebaixamento, o Goiás, com 6 pontos, ocupa a décima sétima posição, e o Santos é o penúltimo colocado com apenas 5 pontos.

O que se percebe, é que os indicados a favoritos, tirando o Fluminense, que jogou com seu time titular apenas em duas ocasiões, estão se mantendo na frente, e começa a se formar uma espécie de pelotão de elite,indicando que, provavelmente, o titulo será disputado entre os cinco times grandes distanciados por apenas três pontos. O campeonato pela primeira vez começa a mostrar quem serão as grandes forças, quem serão as surpresas, e quem já deve começar a se preocupar com o rebaixamento. O que se percebe é que a cada rodada o campeonato ficará mais legível, pois semelhanças e diferenças entre as equipes se evidenciam a cada rodada.



Guilherme Matta
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Fúria afasta zica, despacha Itália e continua viva no sonho de conquista da Europa

Espanha x Itália


O último jogo da quartas de finais da Eurocopa 2008 é um superclássico mundial. A seleção espanhola, possui um favoritismo, por sua impecável campanha na primeira fase, na qual venceu suas três partidas, com um ótimo futebol. Já a seleção italiana, chega as quartas de finais apenas com a sua tradição, pois, garantiu sua classificação somente na última rodada, em um jogo de vida ou morte contra os franceses.
Para piorar, os italianos estão com os desfalques do zagueiro, Fabio Andrea Barzagli, lesionado, e dos meias do Milan, Andrea Pirlo e Gennaro Gattuso, suspensos. A Itália não vence a Espanha há 14 anos, desde a Copa do Mundo dos EUA, entretanto, em jogos oficiais, o tabu se inverte e muito a favor da Azzurra. São, nada mais nada menos, que 88 anos sem derrota para a Fúria, em jogos oficiais, desde os Jogos Olímpicos de 1920.
Em Eurocopas, os espanhóis nunca venceram a Azzurra, foram dois confrontos, um 0 x 0 na Eurocopa da Itália, em 1980, e uma vitória italiana, por 1 x 0, na Eurocopa da Alemanha, em 1988.
No estádio Ernst Happel, em Viena, o ritmo do jogo no primeiro tempo foi ditado pela Espanha, que jogou um pouco melhor, tendo as melhores oportunidades, em uma partida pegada e bem disputada. Os melhores lances do primeiro tempo foram, de Villa, aos 24’, que cobrou falta rasteira, tirando da barreira, mas Buffon pulou no canto esquerdo e encaixou a bola, e de David Silva, aos 37’, que pegou a bola espirrada na zaga pela direita, cortou para o meio e da entrada da área chutou, a bola passou muito perto do gol italiano e saiu.
Na segunda etapa, o jogo ficou mais equilibrado, e os técnicos deixaram suas equipes mais ofensivas. Pelo lado da Itália, saiu Perrota para a entrada de Camoranesi, e na Espanha entrou Fàbregas e Xavi Hernández deixou a partida. Aos 15’, em uma confusão na área espanhola, ninguém dominava a bola que estava pelo alto, até que Casillas saiu errado, Luca Toni desviou a bola, Camoranesi chutou e Iker Casillas com o pé esquerdo salvou a meta espanhola.
Quase Gianluigi Buffon vira o protagonista da partida. O brasileiro, naturalizado espanhol, Marcos Senna, aos 35’, arriscou um chute de longe, Buffon segurou e deixou escapar a bola, que devagarzinho bateu na trave, evitando o frangasso do goleirão. E o tempo regulamentar acabou em 0 x 0,sendo a terceira partida da Eurocopa a ir para a prorrogação.
Na prorrogação, as seleções tiveram algumas chances de marcar, mas não conseguiram o objetivo, e a partida foi para a loteria dos pênaltis. E nos penalidades a emoção continuou muito forte. Os espanhóis começaram as cobraças. David Villa iniciou a série e converteu. Grosso empatou. Carzola faz o seu. De Rossi bateu no canto direito, e Casillas fez grande defesa. Marcos Senna chutou e aumentou a diferença da Fúria. Camoranesi com categoria diminuiu. Buffon dá esperanças para a torcida italiana defendendo o pênalti de Güiza. Di Natali bateu o quarto pênalti da Itália, e Casillas, novamente, defendeu. Para finalizar, Fàbregas cobrou e decretou a vitória espanhola, por 4 x 2.
A Espanha volta a campo na próxima quinta-feira, dia 26 de junho, às 15h45 (horário de Brasília), para encarar a zebra russa, no mesmo estádio Ernst Happel, em Viena.
Marcos Garcia
Confira as cobranças de pênalti de Espanha 4 x 2 Itália:

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Com paciência, Massa vence, quebra tabus e lidera o campeonato


A Fórmula 1 de 2008 continua resgatando o espírito de competitividade que havia sido deixado de lado nos últimos anos da era Schumacher. Agora, a cada corrida é uma novidade, uma nova expectativa, uma nova classificação. Neste domingo não foi diferente. Além de ter mais uma ótima corrida, a manhã deste 22 de junho será marcada pelo fim de dois tabus brasileiros na categoria.

Vinte e dois anos depois, um brasileiro volta a vencer o GP da França. De quebra, após 15 anos, um piloto brasileiro volta a liderar o campeonato. A última vez havia sido em 1993, com um tal de Ayrton Senna.

Felipe Massa colocou um ponto final nessa espera. Após um início de campeonato ruim, quando demonstrou muita afobação e vontade excessiva, Felipe parece ter aprendido que cada ponto conquistado é importante e que, às vezes, não vale a pena arriscar a corrida por uma posição melhor.

O domínio da Ferrari durante o final de semana era evidente. A escuderia italiana dominou os treinos livres de sexta e o classificatório de sábado. Para completar, ainda viu a McLaren largando bem atrás por conta de punições aplicadas a seus pilotos. Lewis Hamilton, pela barbeiragem cometida no GP do Canadá, há duas semanas, perdeu dez posições no grid e saiu apenas em 13º. Já Heikki Kovalainen, por atrapalhar uma volta de outros pilotos durante o treino de ontem, acabou punido com cinco posições e foi apenas o 10º.

Tendo Kimi Raikkonen como seu único adversário, Felipe Massa teve a calma e a paciência necessárias para se manter na segunda posição e não cometer erros. Afinal, até mesmo um segundo lugar não era um mau resultado, visto que o deixava em condições de assumir a liderança do campeonato, dependendo da posição do polonês Robert Kubica.

Com o carro um pouco mais pesado que Raikkonen, Felipe não conseguia acompanhar o ritmo de seu companheiro, que abria uma vantagem boa o suficiente para evitar uma disputa de posições durante o pit stop. Assim, Kimi voltou na frente e Felipe continuava remando para tentar diminuir a diferença que beirava a casa dos cinco segundos.

Enquanto isso, mais para trás, Nelsinho Piquet fazia grande corrida e brigava pelos pontos. Jarno Trulli se mantinha na terceira posição, Kubica o perseguia e Kovalainen, com uma boa corrida, se recuperava. Já Hamilton foi o oposto de Felipe e pecou exatamente pelos mesmos erros que o brasileiro cometeu nas primeiras provas do ano. Impaciente, o inglês fez uma curva de modo ilegal, logo no começo, tirando vantagem da manobra e ultrapassando outros carros. Dessa forma, foi punido pela direção de prova, sendo obrigado a passar pelo box e praticamente ficando sem chances de conseguir melhores resultados.

Lá na frente, Massa seria recompensado pela paciência e tranqüilidade que teve. Com problemas no carro, Raikkonen passou a ser mais lento e em cinco voltas, aproximadamente, Felipe já estava junto ao finlandês. O escapamento do carro de Kimi se soltou, prejudicando a aerodinâmica do carro, o que fez com que aumentassem as dificuldades em segurá-lo na pista. O brasileiro esperou, andou uma volta no ritmo de seu companheiro e passou na hora certa. Correndo sem ninguém à frente e vendo Kimi ainda com problemas, não demorou para Massa abrir vantagem.

Nem mesmo a pequena garoa que caiu sobre o circuito foi capaz de tirar a vitória de Massa. Sem arriscar, como fez em Mônaco, a Ferrari optou por manter seus carros com pneus de pista seca e acertou na decisão. Assim, apenas administrando a vantagem que já superava 15 segundos para o segundo colocado Raikkonen, Massa guiou com tranqüilidade para receber a bandeirada final, vencer sua terceira corrida na temporada, quebrar um jejum brasileiro no GP da França e, para coroar, assumir a liderança isolada do campeonato, abrindo dois pontos de diferença para Kubica, cinco para Raikkonen e dez para Hamilton.

Nas demais posições, Trulli confirmou o ótimo rendimento de sua Toyota e cruzou em terceiro, seguido por Kovalainen e Kubica. O australiano Mark Webber chegou em sexto e as Renaults de Piquet e Fernando Alonso fecharam a zona de pontuação. Porém, na última volta, Alonso errou e foi ultrapassado por Piquet, que terminou em sétimo e conquistou seus primeiros pontos na carreira.

O escocês David Coulthard - que para o Galvão Bueno é a última moda em "chicane ambulante" da F-1 - fez boa corrida com sua Red Bull, mas insuficiente para chegar aos pontos, terminando em nono. Já Hamilton, prejudicado por seus próprios erros, não foi além de um décimo lugar e vê seus principais concorrentes ao título abrindo vantagem. Rubens Barrichello, prejudicado pelo péssimo rendimento de sua Honda durante todo o fim de semana, foi apenas o 14º.

A próxima etapa será disputada em Silverstone, na Inglaterra, em duas semanas. Até lá, Massa poderá curtir em paz sua liderança na temporada e a satisfação por se recuperar de erros infantis cometidos nas duas primeiras corridas da temporada, quando desperdiçou pontos importantes.

Nada como um dia após o outro. Nada como 15 anos depois.


Vinícius Giannini



Veja Massa recebendo a bandeirada da vitória no GP da França:


sábado, 21 de junho de 2008

Guus Hiddink: o homem zebra, classifica a seleção da Rússia para as semifinais da Eurocopa

Holanda x Rússia


A Holanda, que saiu ilesa do grupo da morte, vencendo todos os seus jogos, e apresentou o melhor futebol, até agora, entre as seleções européias, veio a campo com todo o favoritismo para avançar a semifinal da Eurocopa, contra a seleção russa, que está sobre o comando do holandês Guus Hiddink, o mesmo que levou a seleção sul-coreana a conquistar a quarta colocação na Copa do Mundo da Alemanha, em 2002.
No entanto, a Rússia não ficou com medo desse favoritismo holandês, e no início da partida, foi para cima. Zirianov, aos 6´, bateu uma falta pela direita, que obrigou Van der Sar a fazer uma grande defesa, espalmando a bola para fora. Em seguida, aos 7’, em uma bola alçada na área, Pavlyuchenko cabeceou sozinho por cima do gol.
O jogo era lá e cá, os holandeses responderam perigosamente, somente aos 29’, em cobrança de falta de Van der Vaart pela direita, a bola cruzou toda a área, Nistelrooy quase alcança, mas a bola passa a poucos milímetros do gol russo e sai pela linha de fundo. Aos 31’, o russo Kolodin mandou uma bomba quase do meio de campo, e Van der Sar coloca para escanteio, em bela defesa. No final do primeiro tempo, aos 43’, os defensores russos se atrapalharam com a bola, e ela sobrou livre para Van der Vaart, que chutou para uma boa defesa do goleiro russo.
No segundo tempo, a equipe russa continuou para frente, e aos 10’, em jogada pela esquerda, Semak cruzou na medida para Pavlyuchenko chutar de primeira pro fundo do gol. A partir daí, o jogo ficou aberto, o técnico da Holanda, Marco Van Basten, mandou seu time para frente, tirou Engelaar e colocou o jovem Afellay para fortalecer o ataque.
A pressão da Holanda era muito forte, e aos 40’ do segundo tempo, em cobrança de falta de Sneijder, que colocou a bola na pequena área, Van Nistelrooy, na raça, desviou de cabeça e empata a partida por 1 x 1, levando o jogo para a prorrogação.
As duas seleções deram prioridade aos chutes de meia distância, no primeiro tempo da prorrogação, e o lance mais perigoso foi o de Pavlyuchenko, aos 6’, que de fora da área carimbou o travessão, uma pancada, com a bola saindo pela linha de fundo.
No segundo tempo da prorrogação, a Rússia foi com tudo pra cima da seleção holandesa, até que aos 6’, Dmitri Torbinsky tocou a bola em cima da risca pro gol, após cruzamento de Arshavin. E aos 10’, em cobrança rápida de lateral, Arshavin recebe a bola, invade a área e bate no meio das pernas de Van der Sar, sacramentando a vitória da zebra Rússia, eliminando a Laranja Mecânica, que estava apresentando o melhor futebol, até o momento, por 3 x 1.
Agora, os russos esperam o vencedor do jogo de amanhã, entre Espanha x Itália, em Viena, às 15h45 (horário de Brasília), para a partida semifinal que será realizada na quinta-feira, dia 26 de junho, no mesmo local e horário.

Marcos Garcia
Veja os gols de Holanda 1 x 3 Rússia:



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Dobradinha da Ferrari no treino oficial para o GP da França


A Ferrari dominou todos os treinos, e no oficial não foi diferente, dobradinha da escuderia italiana, com o finlandês, Kimi Raikkonen, na pole position e Felipe Massa com a segunda colocação, com uma diferença de apenas 0s041.
O inglês, Lewis Hamilton, da Mc Laren, que fez o terceiro melhor tempo, perde dez posições por causa do acidente com Raikkonen na saída dos boxes no GP do Canadá, em Montreal, e larga na 13º posição. Com isso, Fernando Alonso, da Renault, que conseguiu uma ótima volta, sobe uma posição e larga em terceiro.
O atual líder da temporada, Robert Kubica, da BMW-Sauber, fez o 7º melhor tempo, porém vai largar na sexta colocação, atrás do piloto da McLaren, Heikki Kovalainen, pois se beneficia pela punição imposta a Lewis Hamilton.
Os brasileiros Nelsinho Piquet e Rubens Barrichello decepcionaram. Piquet, que fez o melhor tempo nos treinos livres de sábado ficou fora da última sessão do treino classificatório, porém, com a punição de Hamilton, Nelsinho ganha uma posição e larga em 10º . Rubens Barichello, da Honda, não passou nem da primeira parte do treino de classificação, e vai largar na 17ª posição.
O grid de largada para o GP da França 2008 ficou assim:

1º - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) – 1min16s449
2º - Felipe Massa (BRA/Ferrari) – 1min16s490
3º - Fernando Alonso (ESP/Renault) – 1min16s840
4º - Jarno Trulli (ITA/Toyota) – 1min16s920
5º - Heikki Kovalainen (FIN/McLaren) – 1min16s944
6º - Robert Kubica (POL/BMW) – 1min17s037
7º - Mark Webber (AUS/Red Bull) – 1min17s233
8º - David Coulthard (ESC/Red Bull) – 1min17s426
9º - Timo Glock (ALE/Toyota) – 1min17s596
10º - Nelsinho Piquet (BRA/Renault) – 1min15s770

11º - Nick Heidfeld (ALE/BMW) – 1min15s786
12º - Sebastian Vettel (ALE/Toro Rosso) – 1min15s816
13º - Lewis Hamilton (ING/McLaren) – 1min16s693
14º - Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso) – 1min16s045
15º - Kazuki Nakajima (JAP/Williams) – 1min16s243
16º - Jenson Button (ING/Honda) – 1min16s306
17º - Rubens Barrichello (BRA/Honda) – 1min16s330
18º - Giancarlo Fisichella (ITA/Force India) – 1min16s971
19º - Adrian Sutil (ALE/Force India) – 1min17s053
20º - Nico Rosberg (ALE/Williams) – 1min16s235
Marcos Garcia
colaboração Giovanna Leopoldi
Veja a barbeiragem de Hamilton, em Montreal:



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sexta-feira, 20 de junho de 2008

Primeira semifinal da Eurocopa está definida, após partidas emocionates Alemanha e Turquia se classificam

Portugal x Alemanha


Em um jogo emocionante do início ao fim, a seleção alemã venceu a portuguesa por 3 x 2. Schweinsteiger o carrasco português, com um gol e duas assistências, abriu o marcador , aos 22’ do primeiro tempo, de carrinho, após uma bela jogada de Podolski. Logo em seguida, aos 26’, Schweinsteiger cobrou falta na medida para Klose cabecear sozinho e aumentar o placar. Nuno Gomes, aos 40’ do primeiro tempo, depois de bom lance de Cristiano Ronaldo, diminuiu a diferença, incendiando a partida.
No segundo tempo, a Alemanha balançou a rede novamente, aos 16’, Schweinsteiger cobrou falta, o goleiro Ricardo saiu errado e Ballack, completou de cabeça, fazendo o terceiro da equipe alemã. Imediatamente, Felipão efetuou uma substituição, tirou Nuno Gomes e em seu lugar colocou Nani. Logo depois, tirou o volante Petit para a entrada do atacante Helder Postiga, indo para o tudo ou nada.
Os Portugueses ainda conseguiram diminuir, aos 41’ do segundo tempo, em jogada de Nani, que carregou a bola pela esquerda do campo de ataque, e cruzou para Helder Postiga cabecear e diminuir o marcador. Portugal pressionou bastante, mas não o suficiente para conseguir o empate, e está desclassificada do Eurocopa 2008.
O jogo não marcou somente a eliminação de Portugal da Eurocopa, mas também, foi a última partida da seleção portuguesa sobre o comando do técnico Luiz Felipe Scolari, que assumirá o Chelsea, na próxima temporada.


Croácia x Turquia

Partida que decidiu o adversário da toda poderosa Alemanha, nas semifinais da Eurocopa 2008. A seleção croata veio a jogo com um leve favoritismo, por seu 100% de aproveitamento na fase de classificação, incluindo uma bela vitória de 2 x 1 sobre os alemães. Os turcos vieram empolgados pela fantástica vitória de virada sobre os tchecos, conquistando a segunda vaga do grupo.
Um jogo muito corrido, de marcação e de grandes defesas. A Croácia dominou, praticamente, o jogo todo, entretanto, o placar não saiu do zero no tempo regulamentar. Já na prorrogação a Croácia apresentou bastante dificuldade por conta do cansaço, e o time turco chegou várias vezes ao ataque, porém, não obteve êxito.
Quando o jogo caminhava para as penalidades, o goleiro Rüstü saiu mal do gol, Modric alcançou a bola e cruzou na medida para Klasnic, de cabeça, abrir o placar da partida, aos 14’ do segundo tempo da prorrogação. No desespero, Rüstü dá um chute para frente, a bola rebate na zaga, e um milagre acontece, Semíh Senturk coloca a bola no ângulo, e empata a partida aos 16’ inacreditavelmente. Desta maneira o jogo foi para os pênaltis.
Nos pênaltis, a equipe croata estava visivelmente abalada pelo gol sofrido no último minuto da partida, e acabou desperdiçando 3 das 4 penalidades que foram cobradas. Modric e Rakitic chutaram para fora e Rüstü defendeu a cobrança de Petric, que decidiu a classificação turca por 3 x 1. As cobranças da Turquia foram convertidas por Arda Turan, Semíh Senturk e Hamit Altintop. Com o resultado, a seleção turca garante sua inedita vaga, nas semifinais da Eurocopa, para enfrentar a Alemanha, na próxima quarta-feira, 25 de junho, ás 15h45 (horário de Brasilia), na Basiléia .


Marcos Garcia
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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Início com grande categoria, Brasil x Argentina

Brasil x Argentina


Todos temos datas muito especiais, é o nosso aniversário, a data de algum acontecimento importante que marcou nossa vida, e com o Classe A Esportes não é diferente. Seu início data, justamente, do jogo entre Brasil x Argentina, certamente, um dos principais clássicos do futebol mundial, uma rivalidade que vai muito além das quatro linhas. Jogo realizado no estádio Mineirão, em Belo Horizonte, válido pela sexta rodada das eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo.
O último confronto entre as seleções no Brasil, também foi realizado no Mineirão, no dia 2 de junho de 2004, com a vitória brasileira por 3 x 1, com uma grande apresentação do Ronaldo fenômeno, que sofreu e converteu os 3 pênaltis para o Brasil. O gol de honra dos “hermanos” argentinos foi marcado por Juan Pablo Sorín, no final da partida.
O clima antes da partida estava tenso para as seleções, ambas à beira de uma crise. O Brasil pelo mau futebol apresentado nas duas últimas partidas, nas derrotas, para a Venezuela, em amistoso nos Estados Unidos, e para o Paraguai, em Assunção, no estádio Defensores del Chaco, pelas eliminatórias, numa partida apagada da seleção brasileira, que jogou sem garra alguma, praticamente, sem ter um esquema tático definido, e nem levar perigo ao gol adversário. Resultados que levaram o técnico Dunga a ver seu cargo ameaçado pela primeira vez desde que assumiu a seleção. Já a Argentina, vem de um empate em casa, contra o Equador, por 1 x 1, conquistado no último lance do jogo com o gol heróico de Palácio. Um péssimo resultado para os argentinos, mas muito bom pelas circunstâncias da partida.
A seleção brasileira teve três alterações em relação ao último jogo, e veio a campo com a seguinte escalação: Júlio César; Maicon, Juan, Lúcio e Gilberto; Gilberto Silva, Mineiro, Anderson e Júlio Baptista; Robinho e Adriano. Uma formação mais ofensiva, do que a equipe que jogou contra o Paraguai, com a saída do volante Josué, do meia Diego e do atacante Luis Fabiano, para a entrada do garoto Anderson, Júlio Baptista e Adriano para tentar acertar o padrão de jogo da equipe brasileira.
Por sua vez, o técnico Alfio Basile escalou a seleção argentina de uma maneira defensiva, com a entrada de mais um volante, do jeito que se segue: Abbondanzieri; Burdisso, Coloccini e Heinze; Zanetti, Mascherano, Gago, Gutiérrez e Riquelme; Messi e Cruz. Com os desfalques de Verón lesionado e de Demichelis suspenso por conta do segundo cartão amarelo, além da saída por opção tática do técnico argentino, com a saída do meia Maxi Rodriguez, para a entrada do volante Gutiérrez.
No começo da partida o Brasil teve mais posse de bola e chegou algumas vezes ao gol argentino, mas sem levar muito perigo. A primeira grande jogada ocorreu aos 22 minutos, em um ótimo lance de Robinho, onde a bola rebateu e acabou sobrando para Júlio Baptista que soltou uma bomba, obrigando o goleirão argentino a fazer uma grande defesa.
Logo na seqüência, aos 23 minutos, Robinho fez o que quis com a zaga Argentina, driblando o goleiro, depois alguns defensores, até se atrapalhar e perder a bola. O meia Anderson, aos 33 minutos, em uma disputa de bola, contundiu-se e foi substituído por Diego. Um jogo morno, de muita marcação, que não poderia ter outro placar no primeiro tempo, senão o 0 x 0.
No segundo tempo as duas equipes voltaram sem nenhuma alteração. O primeiro lance perigoso, só veio aos 11 minutos, com Julio Cruz que recebeu uma bola livre nas cara do gol, porém desperdiçou a chance chutando por cima da meta. O Brasil só assustou aos 16 minutos, na cobrança de falta venenosa de Júlio Baptista, que Abbondanzieri colocou para escanteio.
A primeira alteração da Argentina ocorreu aos 23 minutos, com a saída de Julio Cruz, para a entrada de Agüero. A torcida brasileira ficou nervosa, gritava para Dunga “Burro, burro, burro” que trocou um atacante pelo outro, aos 25 minutos, com a entrada de Luis Fabiano no lugar de Adriano. O jogo não mudou em nada, e a última cartada foi a troca de Diego por Daniel Alves, aos 34 minutos. Mesmo assim, o jogo continuou sem nenhuma empolgação para ambos os lados. O apagado Riquelme deixa a partida, aos 38 minutos, para Battaglia entrar.
No final da partida, a torcida brasileira impaciente, com o técnico da seleção brasileira, gritava em coro no Mineirão “ Adeus Dunga”. E para piorar, aos 46 minutos, Messi perde a chance da vitória, arrisca de fora da área, Júlio César faz uma grande defesa parcial, e no rebote o próprio Messi chuta pra fora. Assim, terminou a partida com o empate de 0 x 0.
A seleção da Argentina continua na vice-liderança das eliminatórias sul-americanas com 11 pontos, e a seleção brasileira, com 9 pontos, ocupa a quarta colocação, ainda dependendo do resultado da partida entre Venezuela x Chile, que acontecerá amanhã, em Puerto La Cruz, na Venezuela.


Marcos Garcia
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