segunda-feira, 30 de junho de 2008

E agora, quem é que anda amarelando?

Desacreditada, a Espanha chegou a Eurocopa, com o técnico Luiz Aragonés balançando no seu cargo. Mas com um grande futebol, acabou vencendo todos os obstáculos e reconquistou a Europa depois de 44 anos.

A Fúria apresentou um bom futebol durante toda a competição e foi crescendo cada vez mais. Mesmo com a opção de deixar Fábregas no banco, a Espanha mostrou-se bem ofensiva, com Villa em grande forma, Fernando Torres longe do melhor desempenho, porém decisivo na hora certa e um meio-campo muito rápido e criativo com David Silva sendo de uma importância fora de sério na armação das jogadas pela esquerda. Marcos Senna desempenhou o papel de marcador com alguma habilidade, Xavi e Iniesta, fizeram uma parceria, que com muita firmeza, faziam a transição entre defesa e ataque. Com essa firmeza e regularidade, Xavi Hernández, foi eleito o melhor jogador da Eurocopa.

Não podemos esquecer do setor defensivo, comandado pelo veterano Puyol, que não deixou a desejar, trazendo confiança para o resto da equipe. E é claro, o capitão Casillas, que foi sensacional nos momentos em que o time mais precisou dele, com muita segurança, foi um dos destaques da competição.

A Espanha, sempre contou com grandes times, com bons valores individuais, mas trazia consigo, um medo de vencer seus próprios estigmas e estereótipos, que com o tempo acabou atribuindo a seleção espanhola o rótulo de “pipoqueira” e de “amarelar”.

Nenhuma equipe apresentou algum jogador fora do normal, entretanto, a Espanha, com seu time jovem e de grandes promessas, apresentou um futebol bonito de se ver, um conjunto muito bem montado, cada um desempenhando a sua função tática da melhor maneira possível, e com isso, foi premiada com o título europeu. Assim, a seleção da Espanha mandou para bem longe seus rótulos e é vista agora como uma seleção de futuro, que conta com uma ótima geração.


Marcos Garcia