domingo, 22 de junho de 2008

Sétima rodada deixa o campeonato mais transparente.

A sétima rodada do campeonato brasileiro termina sem grandes surpresas. Os times que estavam na dianteira da competição começaram a se destacar, formando um bloco de elite, o que torna, pela primeira vez, o campeonato mais transparente. No inicio, o campeonato estava um tanto instável, devido principalmente a alguns times estarem poupando jogadores para a Libertadores, como o que está acontecendo, com o Fluminense, atualmente.

Um dos principais candidatos a levantar o caneco, em 2008, é o Flamengo. O rubro-negro carioca parece estar decidido a sair da fila, embalado pela espetacular campanha no ano passado, na qual reagiu de forma surpreendente no returno da competição. O Mengão venceu o frágil Ipatinga, por 3 a 1, fora de casa, e manteve a ponta do campeonato. Em um gramado péssimo, o Flamengo usou seus dois eficientes alas, Juan e Leonardo Moura, para encontraro caminho do gol.
Grêmio e Cruzeiro, dividem a liderança com a equipe carioca, ficando atrás pelos quesitos, gols marcados e saldo de gols, e tiveram jogos semelhantes. Ambos, jogaram em casa contra times intermediários, Atlético Paranaense e Figueirense, respectivamente, e não tiveram dificuldades para vencer, pelo mesmo placar, 3 a 0. Tanto o Atlético Paranaense, quanto o Figueirense, estão com 8 pontos na competição, sendo que o Furacão está na décima primeira posição por possuir um melhor saldo de gols.

Grande surpresa do campeonato é a equipe do Náutico, que venceu o Atlético Mineiro, por 2 a 1. Em um jogo muito movimentado e de grande equilíbrio, o náutico se destacou em seus contra-ataques o que garantiu a vitória, e, o mantém na quarta posição, com 14 pontos, na zona de classificação da Libertadores. Já o galo mineiro ocupa a décima posição com apenas 9 pontos.

O Palmeiras mostrou que a goleada sobre o Cruzeiro na sexta rodada acordou o time. O Verdão que não se encontrava e nem apresentava um bom futebol desde o título Paulista, e, voltou a vencer fora de casa. A vítima foi o Vasco, que com um time desfalcado de seus principais jogadores, não conseguiu parar o ataque alvi-verde. E com gols de Alex Mineiro e Kléber, o Verdão fez 2 a 0 e se manteve na quinta posição com 13 pontos ganhos.
Já o São Paulo, jogou em casa, e teve pela frente o campeão da Copa do Brasil, o que não é uma tarefa fácil. Hugo, fez o gol da vitória por 1 a 0, aos 45 minutos do segundo tempo. O São Paulo é o sexto colocado com 12 pontos e o Sport caiu uma posição e está em décimo terceiro com 8 pontos. Esta vitória é a terceira seguida do tricolor do Morumbi e o coloca como forte candidato ao tri-campeonato.

A Portuguesa não se intimidou com o Engenhão lotado, e na bobeira de Túlio, Edno guardou de cabeça, e garantiu a vitória, por 1 a 0, sobre o Botafogo. O Fogão amarga a décima sexta posição com apenas 7 pontos ganhos. E a Lusa chega aos 11 pontos e ocupa a oitava colocação. Com 11 pontos também está o Vitória, que assume a sétima posição, por ter 2 gols de saldo a mais do que a Portuguesa. O rubro-negro baiano aproveitou o fator casa, para despachar o Internacional, que está na décima quinta posição com apenas 7 pontos.

O campeão da série B de 2007, Coritiba, fez mais uma vítima no Couto Pereira, o Fluminense. O tricolor carioca jogou com o time reserva, pois resolveu poupar os titulares para a final da Libertadores. O coxa, teve o domínio total do jogo, porém, só conseguiu a vitória devido a um pênalti duvidoso, aos 40 do segundo tempo, no qual Marlos concluiu e assegurou a vitória de 2 a 1 sobre o tricolor carioca.

Mas, se for falar em vexame, tem de se lembrar do Santos Futebol Clube. A equipe da baixada santista foi goleada, em casa, pelo o ex-penúltimo colocado Goiás, que não tomou conhecimento do adversário, e enfiou 4 a 0. As equipes se mantêm na zona de rebaixamento, o Goiás, com 6 pontos, ocupa a décima sétima posição, e o Santos é o penúltimo colocado com apenas 5 pontos.

O que se percebe, é que os indicados a favoritos, tirando o Fluminense, que jogou com seu time titular apenas em duas ocasiões, estão se mantendo na frente, e começa a se formar uma espécie de pelotão de elite,indicando que, provavelmente, o titulo será disputado entre os cinco times grandes distanciados por apenas três pontos. O campeonato pela primeira vez começa a mostrar quem serão as grandes forças, quem serão as surpresas, e quem já deve começar a se preocupar com o rebaixamento. O que se percebe é que a cada rodada o campeonato ficará mais legível, pois semelhanças e diferenças entre as equipes se evidenciam a cada rodada.



Guilherme Matta
As fotos desta matéria foram encontradas do google imagens ou de sites esportivos (www.gazetaesportiva.net; http://www.globoesporte.com/; e/ou http://www.lance.com/) .O vídeo foi encontrado e está disponível no Youtube.

Fúria afasta zica, despacha Itália e continua viva no sonho de conquista da Europa

Espanha x Itália


O último jogo da quartas de finais da Eurocopa 2008 é um superclássico mundial. A seleção espanhola, possui um favoritismo, por sua impecável campanha na primeira fase, na qual venceu suas três partidas, com um ótimo futebol. Já a seleção italiana, chega as quartas de finais apenas com a sua tradição, pois, garantiu sua classificação somente na última rodada, em um jogo de vida ou morte contra os franceses.
Para piorar, os italianos estão com os desfalques do zagueiro, Fabio Andrea Barzagli, lesionado, e dos meias do Milan, Andrea Pirlo e Gennaro Gattuso, suspensos. A Itália não vence a Espanha há 14 anos, desde a Copa do Mundo dos EUA, entretanto, em jogos oficiais, o tabu se inverte e muito a favor da Azzurra. São, nada mais nada menos, que 88 anos sem derrota para a Fúria, em jogos oficiais, desde os Jogos Olímpicos de 1920.
Em Eurocopas, os espanhóis nunca venceram a Azzurra, foram dois confrontos, um 0 x 0 na Eurocopa da Itália, em 1980, e uma vitória italiana, por 1 x 0, na Eurocopa da Alemanha, em 1988.
No estádio Ernst Happel, em Viena, o ritmo do jogo no primeiro tempo foi ditado pela Espanha, que jogou um pouco melhor, tendo as melhores oportunidades, em uma partida pegada e bem disputada. Os melhores lances do primeiro tempo foram, de Villa, aos 24’, que cobrou falta rasteira, tirando da barreira, mas Buffon pulou no canto esquerdo e encaixou a bola, e de David Silva, aos 37’, que pegou a bola espirrada na zaga pela direita, cortou para o meio e da entrada da área chutou, a bola passou muito perto do gol italiano e saiu.
Na segunda etapa, o jogo ficou mais equilibrado, e os técnicos deixaram suas equipes mais ofensivas. Pelo lado da Itália, saiu Perrota para a entrada de Camoranesi, e na Espanha entrou Fàbregas e Xavi Hernández deixou a partida. Aos 15’, em uma confusão na área espanhola, ninguém dominava a bola que estava pelo alto, até que Casillas saiu errado, Luca Toni desviou a bola, Camoranesi chutou e Iker Casillas com o pé esquerdo salvou a meta espanhola.
Quase Gianluigi Buffon vira o protagonista da partida. O brasileiro, naturalizado espanhol, Marcos Senna, aos 35’, arriscou um chute de longe, Buffon segurou e deixou escapar a bola, que devagarzinho bateu na trave, evitando o frangasso do goleirão. E o tempo regulamentar acabou em 0 x 0,sendo a terceira partida da Eurocopa a ir para a prorrogação.
Na prorrogação, as seleções tiveram algumas chances de marcar, mas não conseguiram o objetivo, e a partida foi para a loteria dos pênaltis. E nos penalidades a emoção continuou muito forte. Os espanhóis começaram as cobraças. David Villa iniciou a série e converteu. Grosso empatou. Carzola faz o seu. De Rossi bateu no canto direito, e Casillas fez grande defesa. Marcos Senna chutou e aumentou a diferença da Fúria. Camoranesi com categoria diminuiu. Buffon dá esperanças para a torcida italiana defendendo o pênalti de Güiza. Di Natali bateu o quarto pênalti da Itália, e Casillas, novamente, defendeu. Para finalizar, Fàbregas cobrou e decretou a vitória espanhola, por 4 x 2.
A Espanha volta a campo na próxima quinta-feira, dia 26 de junho, às 15h45 (horário de Brasília), para encarar a zebra russa, no mesmo estádio Ernst Happel, em Viena.
Marcos Garcia
Confira as cobranças de pênalti de Espanha 4 x 2 Itália:

As fotos desta matéria foram encontradas do google imagens ou de sites esportivos (www.gazetaesportiva.net; http://www.globoesporte.com/; e/ou http://www.lance.com/) .O vídeo foi encontrado e está disponível no Youtube.

Com paciência, Massa vence, quebra tabus e lidera o campeonato


A Fórmula 1 de 2008 continua resgatando o espírito de competitividade que havia sido deixado de lado nos últimos anos da era Schumacher. Agora, a cada corrida é uma novidade, uma nova expectativa, uma nova classificação. Neste domingo não foi diferente. Além de ter mais uma ótima corrida, a manhã deste 22 de junho será marcada pelo fim de dois tabus brasileiros na categoria.

Vinte e dois anos depois, um brasileiro volta a vencer o GP da França. De quebra, após 15 anos, um piloto brasileiro volta a liderar o campeonato. A última vez havia sido em 1993, com um tal de Ayrton Senna.

Felipe Massa colocou um ponto final nessa espera. Após um início de campeonato ruim, quando demonstrou muita afobação e vontade excessiva, Felipe parece ter aprendido que cada ponto conquistado é importante e que, às vezes, não vale a pena arriscar a corrida por uma posição melhor.

O domínio da Ferrari durante o final de semana era evidente. A escuderia italiana dominou os treinos livres de sexta e o classificatório de sábado. Para completar, ainda viu a McLaren largando bem atrás por conta de punições aplicadas a seus pilotos. Lewis Hamilton, pela barbeiragem cometida no GP do Canadá, há duas semanas, perdeu dez posições no grid e saiu apenas em 13º. Já Heikki Kovalainen, por atrapalhar uma volta de outros pilotos durante o treino de ontem, acabou punido com cinco posições e foi apenas o 10º.

Tendo Kimi Raikkonen como seu único adversário, Felipe Massa teve a calma e a paciência necessárias para se manter na segunda posição e não cometer erros. Afinal, até mesmo um segundo lugar não era um mau resultado, visto que o deixava em condições de assumir a liderança do campeonato, dependendo da posição do polonês Robert Kubica.

Com o carro um pouco mais pesado que Raikkonen, Felipe não conseguia acompanhar o ritmo de seu companheiro, que abria uma vantagem boa o suficiente para evitar uma disputa de posições durante o pit stop. Assim, Kimi voltou na frente e Felipe continuava remando para tentar diminuir a diferença que beirava a casa dos cinco segundos.

Enquanto isso, mais para trás, Nelsinho Piquet fazia grande corrida e brigava pelos pontos. Jarno Trulli se mantinha na terceira posição, Kubica o perseguia e Kovalainen, com uma boa corrida, se recuperava. Já Hamilton foi o oposto de Felipe e pecou exatamente pelos mesmos erros que o brasileiro cometeu nas primeiras provas do ano. Impaciente, o inglês fez uma curva de modo ilegal, logo no começo, tirando vantagem da manobra e ultrapassando outros carros. Dessa forma, foi punido pela direção de prova, sendo obrigado a passar pelo box e praticamente ficando sem chances de conseguir melhores resultados.

Lá na frente, Massa seria recompensado pela paciência e tranqüilidade que teve. Com problemas no carro, Raikkonen passou a ser mais lento e em cinco voltas, aproximadamente, Felipe já estava junto ao finlandês. O escapamento do carro de Kimi se soltou, prejudicando a aerodinâmica do carro, o que fez com que aumentassem as dificuldades em segurá-lo na pista. O brasileiro esperou, andou uma volta no ritmo de seu companheiro e passou na hora certa. Correndo sem ninguém à frente e vendo Kimi ainda com problemas, não demorou para Massa abrir vantagem.

Nem mesmo a pequena garoa que caiu sobre o circuito foi capaz de tirar a vitória de Massa. Sem arriscar, como fez em Mônaco, a Ferrari optou por manter seus carros com pneus de pista seca e acertou na decisão. Assim, apenas administrando a vantagem que já superava 15 segundos para o segundo colocado Raikkonen, Massa guiou com tranqüilidade para receber a bandeirada final, vencer sua terceira corrida na temporada, quebrar um jejum brasileiro no GP da França e, para coroar, assumir a liderança isolada do campeonato, abrindo dois pontos de diferença para Kubica, cinco para Raikkonen e dez para Hamilton.

Nas demais posições, Trulli confirmou o ótimo rendimento de sua Toyota e cruzou em terceiro, seguido por Kovalainen e Kubica. O australiano Mark Webber chegou em sexto e as Renaults de Piquet e Fernando Alonso fecharam a zona de pontuação. Porém, na última volta, Alonso errou e foi ultrapassado por Piquet, que terminou em sétimo e conquistou seus primeiros pontos na carreira.

O escocês David Coulthard - que para o Galvão Bueno é a última moda em "chicane ambulante" da F-1 - fez boa corrida com sua Red Bull, mas insuficiente para chegar aos pontos, terminando em nono. Já Hamilton, prejudicado por seus próprios erros, não foi além de um décimo lugar e vê seus principais concorrentes ao título abrindo vantagem. Rubens Barrichello, prejudicado pelo péssimo rendimento de sua Honda durante todo o fim de semana, foi apenas o 14º.

A próxima etapa será disputada em Silverstone, na Inglaterra, em duas semanas. Até lá, Massa poderá curtir em paz sua liderança na temporada e a satisfação por se recuperar de erros infantis cometidos nas duas primeiras corridas da temporada, quando desperdiçou pontos importantes.

Nada como um dia após o outro. Nada como 15 anos depois.


Vinícius Giannini



Veja Massa recebendo a bandeirada da vitória no GP da França: