quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Brasil à venda

O Brasil conseguiu se superar nesta noite de quarta-feira. Apesar de todos os maus resultados recentes, incluindo a derrota para a maior rival, Argentina, nas olimpíadas, ninguém estava esperando o grande feito de empatar com a seleção Boliviana em pleno Engenhão, que diga-se de passagem, estava vazio, como se fosse um jogo de Botafogo e Ipatinga.

O Brasil repetiu mais uma desastrosa apresentação, e mesmo com um jogador a mais quase o segundo tempo inteiro, saiu com menos finalizações, e um gosto amargo de 0 x 0, mais um para a coleção de Dunga que curtiu o seu hit mais cantado pelo Brasil, conhecido também por, "Adeus Dunga", sucesso no Mineirão e com direito a bis no Engenhão.

Mesmo com a bela apresentação no domingo, 3 a 0 frente o Chile fora de casa, a Seleção ouviu vaias desde os primeiros 10 minutos de jogo. O torcedor se portou como os próprios jogadores e no segundo tempo ainda foi possível ouvir gritos da torcida Brasileira como, "Bolívia!", que surgiam em um tímido ataque boliviano.

O Brasil mais uma vez provou que seu time mais parece uma loja Americanas, ou um pouco melhor, C&A. Uma vitrine com enfeites lindos, e com ótimos jogadores para rodarem o mercado europeu e assim fazer girar o lucro. Craques que nem sentem mais o peso da camisa que vestem, que cansados de utilizar clubes brasileiros como vitrines para o exterior, agora usam a Seleção Brasileira para a valorização de seus passes. A nova falta de amor à camisa surgiu em meados de 2006, mas já vinha sendo elaborada a tempos.

Mas fazer o que, o negócio é sentar, tomar uma guaraná antartica, relaxar com aquele seu tênis Nike Shox, curtir o Brasileirão ... mas só até dezembro! Quando as vitrines fecham e começa a grande liquidação. E parafraseando o Raul:

"A solução é alugar o Brasil
Nós não vamos pagar nada
Nós não vamos pagar nada
É tudo free"
Raul Seixas
(Foto:Agência/Reuters)