quinta-feira, 21 de agosto de 2008

O dia de prata

Um dia feliz, mas nem tanto assim, para o Brasil nas Olimpíadas de Pequim, a primeira e a segunda medalha de prata vieram, uma com muita alegria e superação no Iatismo, e a outra com um pouco de alegria, mas também, de decepção no futebol feminino.

Robert Scheidt e Bruno Prada, depois de 7 regatas com desempenhos pífios, tramaram uma brilhante recuperação para conquistar uma medalha olímpica e conseguiram o objetivo. Nas regatas número 8, 9 e 10, os brasileiros chegaram na terceira colocação, e por este bom empenho chegaram a prova final,“Medal Race”, com chances remotas de lutar pelo ouro.

Na ”Medal Race” tiveram um ótimo desempenho e conseguiram chegar em terceiro, porém Percy e Simpson, da Grã-Bretanha, conseguiram assegurar o ouro. No mínimo, Sheidt e Prada, já tinham conquistado o bronze antes do encerramento da prova, dependendo que Loof e Ekstrom, da Suécia, chegassem em último lugar para garantir a prata.

O barco da Suécia cruzou a linha de chegada praticamente ao mesmo tempo das embarcações da Itália e da França, e a organização da prova colocou os suecos na última colocação. Então, os suecos, donos do bronze até o momento, contestaram o resultado e numa confusão os juízes os colocaram em nono, tirando assim a prata dos brasileiros.

Porém, depois de um tempo de expectativa, a organização da prova divulgou o resultado oficial da prova e confirmou os suecos na décima colocação, a última. Dessa maneira, a medalha de prata voltou para o peito de Roberto Scheidt e Bruno Prada.

A presença da dupla verde-amarela no pódio torna novamente ao Iatismo como o maior esporte brasileiro em Olimpíadas, com 16 conquistas. Robert Sheidt, se tornou o segundo maior medalhista olímpico, com 4 medalhas, duas de ouro e duas de prata, sendo superado apenas por Torben Grael com 5 no total, duas de ouro, uma de prata e duas de bronze.

A outra prata do Brasil veio com as meninas do futebol, depois de dominarem praticamente a partida inteira, as brasileiras acabaram sendo punidas com um gol dos EUA, no início do primeiro da prorrogação, que deu as norte-americanas o tricampeonato olímpico na modalidade.

A decepção estava estampada na cara de cada atleta, e de cada brasileiro. As meninas do futebol suaram a camisa, lutaram a cada momento, se dedicaram, fizeram o possível (muito diferente de algumas “estrelas” do futebol masculino), no entanto, não conseguiram o êxito e ficaram pela segunda vez consecutiva com a medalha de prata nas olimpíadas, que também conquistaram em Atenas, depois de uma derrota, também na prorrogação, por 2 x 1 para as americanas. (Fotos:AP)