quinta-feira, 19 de junho de 2008

Início com grande categoria, Brasil x Argentina

Brasil x Argentina


Todos temos datas muito especiais, é o nosso aniversário, a data de algum acontecimento importante que marcou nossa vida, e com o Classe A Esportes não é diferente. Seu início data, justamente, do jogo entre Brasil x Argentina, certamente, um dos principais clássicos do futebol mundial, uma rivalidade que vai muito além das quatro linhas. Jogo realizado no estádio Mineirão, em Belo Horizonte, válido pela sexta rodada das eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo.
O último confronto entre as seleções no Brasil, também foi realizado no Mineirão, no dia 2 de junho de 2004, com a vitória brasileira por 3 x 1, com uma grande apresentação do Ronaldo fenômeno, que sofreu e converteu os 3 pênaltis para o Brasil. O gol de honra dos “hermanos” argentinos foi marcado por Juan Pablo Sorín, no final da partida.
O clima antes da partida estava tenso para as seleções, ambas à beira de uma crise. O Brasil pelo mau futebol apresentado nas duas últimas partidas, nas derrotas, para a Venezuela, em amistoso nos Estados Unidos, e para o Paraguai, em Assunção, no estádio Defensores del Chaco, pelas eliminatórias, numa partida apagada da seleção brasileira, que jogou sem garra alguma, praticamente, sem ter um esquema tático definido, e nem levar perigo ao gol adversário. Resultados que levaram o técnico Dunga a ver seu cargo ameaçado pela primeira vez desde que assumiu a seleção. Já a Argentina, vem de um empate em casa, contra o Equador, por 1 x 1, conquistado no último lance do jogo com o gol heróico de Palácio. Um péssimo resultado para os argentinos, mas muito bom pelas circunstâncias da partida.
A seleção brasileira teve três alterações em relação ao último jogo, e veio a campo com a seguinte escalação: Júlio César; Maicon, Juan, Lúcio e Gilberto; Gilberto Silva, Mineiro, Anderson e Júlio Baptista; Robinho e Adriano. Uma formação mais ofensiva, do que a equipe que jogou contra o Paraguai, com a saída do volante Josué, do meia Diego e do atacante Luis Fabiano, para a entrada do garoto Anderson, Júlio Baptista e Adriano para tentar acertar o padrão de jogo da equipe brasileira.
Por sua vez, o técnico Alfio Basile escalou a seleção argentina de uma maneira defensiva, com a entrada de mais um volante, do jeito que se segue: Abbondanzieri; Burdisso, Coloccini e Heinze; Zanetti, Mascherano, Gago, Gutiérrez e Riquelme; Messi e Cruz. Com os desfalques de Verón lesionado e de Demichelis suspenso por conta do segundo cartão amarelo, além da saída por opção tática do técnico argentino, com a saída do meia Maxi Rodriguez, para a entrada do volante Gutiérrez.
No começo da partida o Brasil teve mais posse de bola e chegou algumas vezes ao gol argentino, mas sem levar muito perigo. A primeira grande jogada ocorreu aos 22 minutos, em um ótimo lance de Robinho, onde a bola rebateu e acabou sobrando para Júlio Baptista que soltou uma bomba, obrigando o goleirão argentino a fazer uma grande defesa.
Logo na seqüência, aos 23 minutos, Robinho fez o que quis com a zaga Argentina, driblando o goleiro, depois alguns defensores, até se atrapalhar e perder a bola. O meia Anderson, aos 33 minutos, em uma disputa de bola, contundiu-se e foi substituído por Diego. Um jogo morno, de muita marcação, que não poderia ter outro placar no primeiro tempo, senão o 0 x 0.
No segundo tempo as duas equipes voltaram sem nenhuma alteração. O primeiro lance perigoso, só veio aos 11 minutos, com Julio Cruz que recebeu uma bola livre nas cara do gol, porém desperdiçou a chance chutando por cima da meta. O Brasil só assustou aos 16 minutos, na cobrança de falta venenosa de Júlio Baptista, que Abbondanzieri colocou para escanteio.
A primeira alteração da Argentina ocorreu aos 23 minutos, com a saída de Julio Cruz, para a entrada de Agüero. A torcida brasileira ficou nervosa, gritava para Dunga “Burro, burro, burro” que trocou um atacante pelo outro, aos 25 minutos, com a entrada de Luis Fabiano no lugar de Adriano. O jogo não mudou em nada, e a última cartada foi a troca de Diego por Daniel Alves, aos 34 minutos. Mesmo assim, o jogo continuou sem nenhuma empolgação para ambos os lados. O apagado Riquelme deixa a partida, aos 38 minutos, para Battaglia entrar.
No final da partida, a torcida brasileira impaciente, com o técnico da seleção brasileira, gritava em coro no Mineirão “ Adeus Dunga”. E para piorar, aos 46 minutos, Messi perde a chance da vitória, arrisca de fora da área, Júlio César faz uma grande defesa parcial, e no rebote o próprio Messi chuta pra fora. Assim, terminou a partida com o empate de 0 x 0.
A seleção da Argentina continua na vice-liderança das eliminatórias sul-americanas com 11 pontos, e a seleção brasileira, com 9 pontos, ocupa a quarta colocação, ainda dependendo do resultado da partida entre Venezuela x Chile, que acontecerá amanhã, em Puerto La Cruz, na Venezuela.


Marcos Garcia
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